Em 2024, a inteligência artificial (IA) evoluiu com inovações como o assistente Gemini do Google e a Meta AI no WhatsApp e Instagram, mas também enfrentou desafios, como respostas imprecisas em buscas. O ChatGPT lançou o SearchGPT para melhorar a precisão das informações. A Nvidia se destacou no mercado de GPUs, essenciais para IA, enquanto Samsung e Apple integraram IA em seus dispositivos. O Brasil avançou na regulação da tecnologia, estabelecendo um marco legal para direitos e transparência, e a nova abordagem de IA agêntica levanta questões éticas importantes.
2024 foi um ano marcante para a inteligência artificial, com novas tecnologias e desafios surgindo. Neste artigo, vamos explorar as inovações que definiram o ano, desde assistentes de IA até questões de plágio e direitos autorais.
As notícias mais importantes da IA em 2024
O ano de 2024 foi repleto de avanços e polêmicas no campo da inteligência artificial. Desde assistentes virtuais que ganharam destaque até questões éticas envolvendo plágio e direitos autorais, as inovações foram muitas.
Um dos momentos mais marcantes foi a consolidação do Gemini como assistente no Android, substituindo o Google Assistente e integrando-se de forma mais fluida aos serviços da gigante da tecnologia. Essa mudança trouxe uma nova experiência para os usuários, que passaram a ter um assistente mais eficiente e adaptável.
A Meta também fez sua entrada no cenário da IA generativa, lançando a Meta AI nos aplicativos WhatsApp e Instagram. Apesar de algumas controvérsias sobre privacidade, a empresa continuou a expandir suas funcionalidades, prometendo revolucionar a interação dos usuários com as plataformas.
As notícias mais importantes da IA em 2024
Por outro lado, a busca com IA revelou-se problemática em algumas situações. Um exemplo curioso foi quando o Google sugeriu passar cola na pizza, uma resposta que viralizou e gerou risadas, mas também levantou questões sobre a confiabilidade das respostas geradas por IA.
Além disso, o ChatGPT lançou seu próprio buscador, permitindo que os usuários realizem pesquisas na web para complementar suas respostas, prometendo informações mais precisas e coesas.
Em meio a esses avanços, a OpenAI enfrentou críticas em relação ao uso de conteúdo protegido por direitos autorais, levando a um debate intenso sobre a ética no uso de informações para treinar modelos de IA.
Por fim, as empresas de tecnologia, como a Nvidia, experimentaram um crescimento exponencial devido à alta demanda por processamento de dados para IA, solidificando ainda mais a importância dessa tecnologia no nosso dia a dia.
Gemini se consolida e vira assistente no Android
No início de 2024, o Google fez uma grande mudança ao substituir seu chatbot de IA, o Bard, pelo Gemini. Essa transição marcou a consolidação do Gemini como o novo assistente virtual do Android, trazendo uma série de melhorias e novas funcionalidades.
O Gemini não apenas substituiu o Google Assistente, mas também se tornou uma parte integral do ecossistema do Google, permitindo uma interação mais fluida e natural com os usuários. Agora, os usuários podem contar com um assistente que não só responde perguntas, mas também controla dispositivos e aplicativos, tudo de forma mais intuitiva.
Inovações do Gemini
Uma das principais inovações do Gemini é a sua habilidade em se conectar a outros serviços do Google, como Keep, Tasks e YouTube Music. Isso significa que o assistente pode gerenciar tarefas, definir lembretes e até tocar música com comandos de voz simples, tornando a experiência do usuário muito mais prática.
Além disso, o Gemini se destaca por sua capacidade de realizar funções do Android, como ajustar alarmes, controlar a lanterna e gerenciar conexões Wi-Fi, tudo isso com uma interface mais amigável e menos robótica. Essa evolução foi bem recebida pelos usuários, que agora desfrutam de uma interação mais natural e eficiente com a tecnologia.
Com essa mudança, o Google não apenas reafirma sua posição de liderança no mercado de assistentes virtuais, mas também demonstra um compromisso em melhorar continuamente a experiência do usuário, adaptando-se às demandas e expectativas crescentes em relação à inteligência artificial.
Meta AI faz sua estreia no WhatsApp e no Instagram
Em 2024, a Meta deu um passo significativo ao lançar a Meta AI em suas plataformas de comunicação mais populares: WhatsApp e Instagram. Essa estreia marca a entrada da empresa no competitivo campo da inteligência artificial generativa, prometendo transformar a interação dos usuários com suas redes sociais.
A Meta AI foi projetada para oferecer uma experiência mais interativa e personalizada, permitindo que os usuários realizem tarefas de forma mais rápida e eficiente. A tecnologia não apenas responde a perguntas, mas também pode gerar conteúdo, responder a mensagens e até ajudar na criação de postagens, tudo com um toque de criatividade.
Controvérsias e Privacidade
Entretanto, a chegada da Meta AI não foi isenta de controvérsias. No Brasil, a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) levantou preocupações sobre privacidade, resultando na suspensão temporária das atividades da IA generativa. Essa situação atrasou o lançamento da ferramenta no país, mas a Meta se comprometeu a abordar essas questões e garantir que a privacidade dos usuários seja respeitada.
Apesar das críticas, a Meta AI já começou a ganhar popularidade entre os usuários, que se mostram interessados nas novas funcionalidades que a tecnologia pode oferecer. A empresa está investindo fortemente na integração da IA em seus aplicativos, com o objetivo de aprimorar a experiência do usuário e manter sua relevância no mercado.
Com a Meta AI, a empresa não apenas se posiciona como uma concorrente no espaço da inteligência artificial, mas também busca redefinir como as pessoas se comunicam e interagem nas redes sociais, mostrando que a tecnologia pode ser uma aliada poderosa na criação de conexões mais significativas.
Busca com IA nem sempre dá certo
Desde o surgimento do ChatGPT, muitos especialistas começaram a especular que os chatbots com inteligência artificial poderiam substituir os tradicionais mecanismos de busca na web. Essa expectativa levou o Google a implementar as AI Overviews, que são resumos gerados automaticamente a partir das páginas encontradas. No entanto, a realidade mostrou que nem sempre as buscas com IA são eficazes.
Um exemplo curioso que ilustra essa questão ocorreu quando um usuário fez uma pergunta sobre como grudar melhor o queijo na pizza. Em uma resposta inesperada, o Google sugeriu passar cola na pizza, levando a uma onda de risadas e confusão nas redes sociais. Essa resposta inusitada viralizou, revelando como a IA pode interpretar literalmente algumas questões, mesmo que sejam piadas ou expressões coloquiais.
Desafios da Inteligência Artificial
Esse episódio não é um caso isolado. A inteligência artificial, apesar de seus avanços, ainda enfrenta desafios significativos em entender o contexto e a intenção por trás das perguntas. Muitas vezes, as respostas geradas podem ser imprecisas ou até mesmo absurdas, o que levanta preocupações sobre a confiabilidade das informações fornecidas por essas ferramentas.
Além disso, as buscas com IA podem falhar em fornecer resultados relevantes quando confrontadas com consultas complexas ou ambíguas. Enquanto os mecanismos de busca tradicionais têm décadas de refinamento em algoritmos de pesquisa, a IA ainda está em processo de aprendizado e adaptação.
Portanto, embora a busca com IA tenha o potencial de revolucionar a forma como encontramos informações, é crucial lembrar que ainda existem limitações. À medida que a tecnologia avança, espera-se que esses problemas sejam resolvidos, mas por enquanto, a combinação de IA com métodos tradicionais pode ser a melhor abordagem para garantir resultados precisos e úteis.
ChatGPT estreia buscador próprio
Em julho de 2024, a OpenAI revelou uma nova funcionalidade que prometia mudar a forma como os usuários interagem com o ChatGPT: o SearchGPT, um buscador próprio que permite ao chatbot realizar pesquisas na web para complementar suas respostas.
Essa inovação surgiu como uma resposta à crescente demanda por informações mais precisas e relevantes, especialmente em um cenário onde as respostas geradas por IA podem ser limitadas pelo conhecimento prévio do modelo. Com o SearchGPT, o ChatGPT pode acessar informações atualizadas e fornecer respostas mais coesas e fundamentadas.
A implementação do SearchGPT
Após meses de desenvolvimento e testes, a ferramenta foi liberada oficialmente para todos os usuários em novembro, com a promessa de melhorar a qualidade das informações apresentadas. O SearchGPT não apenas busca dados na web, mas também filtra e organiza as informações para garantir que os usuários recebam conteúdo relevante e confiável.
A implementação desse buscador próprio é um passo significativo na evolução do ChatGPT, posicionando-o como uma ferramenta ainda mais poderosa para usuários que buscam respostas rápidas e precisas. A capacidade de realizar pesquisas na web amplia as possibilidades do modelo, permitindo que ele forneça informações sobre eventos recentes, tendências e até mesmo dados específicos que não estavam disponíveis em seu treinamento original.
Com essa nova funcionalidade, a OpenAI espera não apenas atender à demanda por informações mais precisas, mas também competir de forma mais eficaz com mecanismos de busca tradicionais. A integração do SearchGPT ao ChatGPT representa um avanço importante na busca por uma IA que não apenas gera texto, mas que também é capaz de navegar e interpretar o vasto oceano de informações disponíveis na internet.
Voz do ChatGPT causa “climão” com atriz
Um dos lançamentos mais intrigantes da OpenAI em 2024 foi a introdução de um novo modo de fala para o ChatGPT, que trouxe a capacidade de responder de maneira natural e entender interrupções durante a conversa. Essa nova funcionalidade incluiu diferentes opções de voz, mas uma delas acabou gerando uma controvérsia inesperada.
A voz chamada Sky, que foi comparada à da atriz Scarlett Johansson, se tornou o centro das atenções após a atriz expressar seu desconforto em relação à semelhança. Johansson, que interpretou uma assistente virtual no filme Her, foi abordada pela OpenAI para emprestar sua voz ao aplicativo, mas recusou a proposta.
Controvérsia nas Redes Sociais
Após a comparação da voz do ChatGPT com a de Johansson, a atriz fez um pedido formal para que a OpenAI removesse a opção Sky, alegando que a utilização de uma voz semelhante à sua sem consentimento era problemática. A OpenAI atendeu ao pedido e retirou a opção de voz, mas a situação gerou um “climão” nas redes sociais, levantando questões sobre direitos de imagem e a ética no uso de vozes geradas por IA.
Esse incidente não apenas destacou a necessidade de uma discussão mais profunda sobre consentimento e direitos de uso na era da inteligência artificial, mas também evidenciou os desafios que as empresas enfrentam ao desenvolver tecnologias que imitam características humanas. A OpenAI, por sua vez, se comprometeu a abordar essas questões de forma mais cuidadosa no futuro, garantindo que os direitos dos indivíduos sejam respeitados.
Com essa situação, o ChatGPT não só se tornou uma ferramenta de conversação mais avançada, mas também um ponto de partida para um debate importante sobre a interseção entre tecnologia, ética e direitos pessoais, que certamente continuará a ser relevante à medida que a IA avança.
Sora, Firefly e as IAs de vídeo
Em 2024, a geração de conteúdo por meio da inteligência artificial deu um passo significativo com o lançamento de ferramentas como a Sora e o Firefly. Essas inovações focam na criação de vídeos, expandindo as capacidades da IA além de textos e imagens estáticas.
A Sora, desenvolvida pela OpenAI, é um modelo projetado para transformar textos em vídeos de até um minuto. Anunciada no início do ano, a Sora prometia revolucionar a forma como criamos conteúdo audiovisual, tornando o processo mais acessível e rápido. No entanto, a ferramenta levou algum tempo para ser lançada ao público, e somente em dezembro de 2024 os assinantes de planos pagos do ChatGPT puderam começar a utilizá-la.
Firefly e a Criação de Vídeos
Por outro lado, a Adobe também entrou na corrida com o Firefly Video Model, lançado em outubro. Essa ferramenta permite estender vídeos existentes e realizar pequenas alterações, oferecendo aos criadores de conteúdo uma maneira fácil de adaptar e melhorar suas produções. Com a crescente demanda por vídeos curtos e impactantes, a Firefly se posicionou como uma solução valiosa para profissionais e amadores.
Essas ferramentas não apenas facilitam a criação de vídeos, mas também levantam questões sobre a originalidade do conteúdo gerado. À medida que a IA se torna mais capaz de produzir material audiovisual, o debate sobre direitos autorais e a ética na utilização de conteúdo gerado por máquinas se torna cada vez mais relevante.
Além disso, a popularização dessas tecnologias pode democratizar a criação de vídeos, permitindo que mais pessoas se tornem criadoras de conteúdo, independentemente de suas habilidades técnicas. Com a Sora e o Firefly, o futuro da produção de vídeo parece promissor, mas também exige uma reflexão cuidadosa sobre o impacto da IA na indústria criativa.
Inteligência precisa de conteúdo
No final de 2023, um caso marcante envolveu o The New York Times, que processou a OpenAI e a Microsoft por usarem seus artigos para treinar modelos de inteligência artificial sem a devida autorização. Esse incidente destacou a crescente preocupação com o uso de conteúdo protegido por direitos autorais no desenvolvimento de tecnologias de IA.
Além disso, a Perplexity AI também se viu em apuros, enfrentando acusações de plágio por parte de publicações como Forbes e Wired. As alegações indicavam que a empresa não respeitava as sinalizações contra o acesso de robôs, levantando questões sobre a ética e a legalidade do uso de informações de terceiros.
Inteligência precisa de conteúdo
Para evitar problemas legais e éticos, empresas de tecnologia começaram a se mobilizar para garantir que a inteligência artificial tenha acesso a conteúdo de maneira legítima. A OpenAI, por exemplo, fechou acordos com a Associated Press e o Financial Times, entre outras publicações, para garantir acesso legal a artigos e informações que poderiam ser utilizadas para treinar seus modelos.
Esses contratos não se limitam a jornais e revistas; a OpenAI e o Google também estabeleceram acordos com o Reddit, que se tornou uma fonte valiosa de opiniões e informações autênticas na internet. Essa estratégia visa não apenas evitar litígios, mas também enriquecer os modelos de IA com conteúdo diversificado e de qualidade.
À medida que a inteligência artificial continua a evoluir, a necessidade de um conteúdo ético e legalmente adquirido se torna cada vez mais importante. A forma como as empresas lidam com a propriedade intelectual e os direitos autorais será fundamental para o desenvolvimento sustentável da tecnologia, garantindo que tanto os criadores de conteúdo quanto as empresas de IA possam coexistir de maneira justa e produtiva.
Nvidia bate recordes graças à alta demanda
Em 2024, a Nvidia se destacou como uma das principais beneficiárias do crescimento exponencial da inteligência artificial, alcançando recordes históricos em valor de mercado. A demanda por processamento de dados para modelos de IA, como o ChatGPT e o Gemini, gerou uma necessidade sem precedentes por chips de alto desempenho, consolidando a Nvidia como a principal fornecedora desse tipo de tecnologia.
Com milhões de usuários acessando diariamente ferramentas de IA, a pressão sobre as capacidades de processamento cresceu significativamente, e a Nvidia, como líder na fabricação de GPUs, viu suas vendas dispararem. Em junho de 2024, a empresa chegou a ser avaliada em impressionantes US$ 3,332 trilhões, tornando-se a maior empresa do mundo em valor de mercado por alguns meses.
A alta demanda por suas placas gráficas
se deve ao fato de que as tarefas de treinamento e execução de modelos de IA exigem uma quantidade considerável de poder computacional. À medida que mais empresas e desenvolvedores adotam soluções de IA, a necessidade de hardware robusto que possa suportar essas operações intensivas se torna cada vez mais evidente.
Além disso, a Nvidia não apenas se beneficiou da demanda por suas GPUs, mas também expandiu sua linha de produtos e serviços para atender a um mercado em crescimento. A empresa começou a oferecer soluções de IA personalizadas para empresas, ajudando a otimizar o uso de suas tecnologias e a maximizar a eficiência de suas operações.
À medida que a inteligência artificial continua a evoluir e se integrar em diversas indústrias, a Nvidia está bem posicionada para aproveitar essa tendência. No entanto, a empresa também enfrenta desafios, como a concorrência crescente de outras fabricantes de chips e a necessidade de inovação constante para manter sua liderança no setor.
Em resumo, a Nvidia não apenas bateu recordes em 2024, mas também se consolidou como um pilar fundamental na infraestrutura da inteligência artificial, moldando o futuro dessa tecnologia e garantindo seu lugar no coração da revolução digital.
Samsung e Apple colocam IA em seus aparelhos
Após um ano de inovações em inteligência artificial, 2024 também foi marcado pela integração dessas tecnologias em dispositivos móveis, com a Samsung e a Apple liderando o caminho. Ambas as empresas lançaram novas funcionalidades de IA em seus aparelhos, visando melhorar a experiência do usuário e aumentar a eficiência dos dispositivos.
Em janeiro, a Samsung anunciou a linha Galaxy S24, que trouxe consigo a Galaxy AI. Essa nova tecnologia foi projetada para realizar tarefas como remoção de objetos de fotos e traduções em tempo real, proporcionando aos usuários uma experiência mais rica e interativa. Em poucos meses, a empresa sul-coreana já havia disponibilizado a IA em 100 milhões de seus dispositivos, demonstrando a rápida adoção e aceitação da tecnologia pelo público.
A integração da inteligência artificial nos smartphones
Por outro lado, a Apple também fez sua entrada no mundo da IA com o lançamento do Apple Intelligence durante a WWDC de junho. A empresa anunciou que sua assistente virtual, a Siri, seria “turbinada” com recursos de inteligência artificial, permitindo que ela gerasse imagens e resumisse notificações de forma mais eficiente. No entanto, esses recursos estavam programados para chegar aos dispositivos da Apple de forma gradual, com a disponibilidade em português prometida apenas para 2025.
A integração da inteligência artificial nos smartphones não apenas melhora a funcionalidade dos dispositivos, mas também reflete uma tendência crescente no mercado de tecnologia, onde a personalização e a automação se tornaram essenciais. Ambas as empresas estão investindo pesado em IA para se manterem competitivas em um setor que evolui rapidamente e atende a demandas cada vez mais sofisticadas dos consumidores.
Essas inovações da Samsung e da Apple mostram como a inteligência artificial está se tornando uma parte integral da vida cotidiana, transformando a maneira como interagimos com nossos dispositivos e aumentando a eficiência em diversas tarefas. À medida que a tecnologia avança, espera-se que mais funcionalidades de IA sejam incorporadas, prometendo um futuro ainda mais inteligente e conectado.
Microsoft coloca IA em quase tudo
Em 2024, a Microsoft se destacou como uma das empresas que mais investiram na integração da inteligência artificial em suas ferramentas e serviços. Como uma das principais investidoras da OpenAI, a Microsoft não poupou esforços para incorporar recursos de IA em quase todos os aplicativos do seu sistema operacional, transformando a forma como os usuários interagem com a tecnologia.
A empresa introduziu funcionalidades de IA em produtos populares como o Word, Excel e até mesmo no Bloco de Notas, permitindo que os usuários realizem tarefas de forma mais eficiente e intuitiva. Com essas inovações, os usuários podem agora contar com assistentes inteligentes que ajudam na redação, análise de dados e até na edição de textos, tornando o trabalho diário muito mais produtivo.
Iniciativas Notáveis
Uma das iniciativas mais notáveis foi a criação do Copilot, uma ferramenta que passou por um redesign e ganhou novos recursos, como a capacidade de entender o que está na tela e oferecer sugestões contextuais. Essa funcionalidade foi bem recebida, pois facilita a navegação e a utilização dos aplicativos, permitindo que os usuários se concentrem em suas tarefas principais.
A Microsoft também lançou o Copilot+ PC, um programa que certifica computadores que atendem aos requisitos necessários para rodar tarefas de inteligência artificial. Essa iniciativa não só melhora o desempenho dos dispositivos, mas também garante que os usuários tenham acesso às últimas inovações em tecnologia de IA.
Com essa abordagem abrangente, a Microsoft não apenas reforçou sua posição como líder em tecnologia, mas também demonstrou um compromisso em tornar a inteligência artificial acessível e útil para todos. A empresa está se preparando para o futuro, onde a IA será uma parte essencial de nossas vidas diárias, aumentando a eficiência e a produtividade em diversos setores.
À medida que a Microsoft continua a expandir suas ofertas de IA, a expectativa é que mais funcionalidades e melhorias sejam implementadas, solidificando ainda mais seu papel como um dos principais players no cenário tecnológico global.
Agentes de IA são o futuro?
O final de 2024 trouxe uma nova tendência empolgante no mundo da inteligência artificial: o conceito de “agentic AI”, ou IA agêntica. Esse termo se refere a modelos de inteligência artificial que possuem a capacidade de realizar tarefas de forma autônoma e proativa, indo além da simples geração de textos ou imagens.
Empresas como o Google e a Microsoft começaram a explorar essa nova abordagem, apresentando soluções que permitem que agentes de IA executem tarefas complexas em nome dos usuários. Essa evolução representa um salto significativo na funcionalidade da IA, transformando-a em uma assistente mais inteligente e útil.
Os agentes de IA têm o potencial de revolucionar diversas áreas, desde a automação de processos de negócios até a assistência pessoal em tarefas diárias. Por exemplo, um agente de IA poderia gerenciar compromissos, fazer reservas, enviar lembretes e até mesmo realizar compras online, tudo isso com uma interação mínima do usuário.
Além disso, esses agentes podem aprender e se adaptar ao comportamento e preferências dos usuários ao longo do tempo, tornando-se cada vez mais eficientes e personalizados. Essa personalização é um dos aspectos mais atraentes da IA agêntica, pois promete uma experiência mais fluida e integrada.
No entanto, essa nova era de IA também levanta questões éticas e práticas.
A autonomia dos agentes de IA traz à tona preocupações sobre privacidade, segurança e o controle que os usuários têm sobre suas interações com a tecnologia. À medida que esses agentes se tornam mais prevalentes, será fundamental estabelecer diretrizes e regulamentações que garantam o uso responsável e ético da inteligência artificial.
Em resumo, os agentes de IA representam uma evolução empolgante no campo da inteligência artificial, prometendo transformar a forma como interagimos com a tecnologia. À medida que as empresas continuam a desenvolver e implementar essas soluções, o futuro da IA parece cada vez mais dinâmico e cheio de possibilidades.
Brasil discute regulação da tecnologia
Com o avanço acelerado da inteligência artificial e sua crescente presença nos produtos e serviços do dia a dia, o Brasil começou a prestar mais atenção na necessidade de regulamentação dessa tecnologia.
Desde 2019, o Congresso Nacional já discutia a implementação de uma legislação que abordasse as questões éticas e legais relacionadas à IA, mas o tema ganhou ainda mais relevância em 2024.
Brasil discute regulação da tecnologia
Em dezembro daquele ano, o Senado Federal aprovou um marco legal para a inteligência artificial, que estabelece diretrizes para o uso responsável dessa tecnologia no país. Entre os principais pontos do texto, destaca-se a exigência de que as empresas informem quais conteúdos protegidos por direitos autorais estão sendo utilizados no treinamento de seus modelos de IA. Isso é crucial para garantir que os direitos dos criadores de conteúdo sejam respeitados e que a utilização de suas obras ocorra de forma ética.
Além disso, o marco legal também prevê direitos para os indivíduos, como a possibilidade de solicitar explicações sobre decisões tomadas por sistemas de IA que tenham impacto jurídico relevante. Isso é um passo importante para assegurar a transparência e a responsabilidade no uso da tecnologia.
Outra questão abordada pelo texto é a proibição do uso de inteligência artificial para prever a realização de crimes ou classificar indivíduos de acordo com seu comportamento. Essa medida visa evitar discriminações e garantir que a tecnologia não seja utilizada de maneira prejudicial à sociedade.
As discussões sobre regulação da IA no Brasil refletem uma tendência global, onde governos e instituições estão cada vez mais atentos aos desafios e oportunidades que a tecnologia apresenta. À medida que o país avança na criação de um marco legal, a expectativa é que isso não apenas proteja os direitos dos cidadãos, mas também promova um ambiente mais seguro e confiável para o desenvolvimento de soluções inovadoras em inteligência artificial.
Com a regulamentação em andamento, o Brasil se posiciona como um dos países que busca equilibrar a inovação tecnológica com a proteção dos direitos individuais, estabelecendo uma base sólida para o futuro da inteligência artificial no país.
FAQ – Perguntas frequentes sobre Inteligência Artificial em 2024
O que é o Gemini e qual sua importância?
O Gemini é o novo assistente virtual do Google, que substitui o Bard e se integra ao Android, oferecendo uma experiência mais fluida e natural aos usuários.
Quais são as novidades da Meta AI?
A Meta AI foi lançada no WhatsApp e Instagram, permitindo interações mais personalizadas, embora tenha enfrentado questões de privacidade no Brasil.
Por que as buscas com IA nem sempre são precisas?
As buscas com IA podem falhar em entender o contexto das perguntas, resultando em respostas inesperadas ou imprecisas, como o caso do Google sugerindo passar cola na pizza.
O que é o SearchGPT?
O SearchGPT é um buscador próprio do ChatGPT que permite ao modelo realizar pesquisas na web para complementar suas respostas, prometendo informações mais precisas.
Qual foi a controvérsia envolvendo a voz do ChatGPT?
A voz chamada Sky do ChatGPT gerou polêmica porque foi comparada à da atriz Scarlett Johansson, que pediu que a opção fosse removida devido a preocupações de direitos de imagem.
Como a Nvidia se beneficiou da demanda por IA?
A Nvidia alcançou recordes em valor de mercado devido à alta demanda por suas GPUs, essenciais para o treinamento e execução de modelos de IA, tornando-se a maior empresa do mundo por um período.
Quais as funcionalidades de IA lançadas pela Samsung e Apple?
A Samsung lançou a Galaxy AI em sua linha Galaxy S24, enquanto a Apple introduziu a Apple Intelligence, que melhora a Siri com recursos de IA.
O que é a IA agêntica e qual seu futuro?
A IA agêntica refere-se a modelos de IA que realizam tarefas de forma autônoma e proativa, prometendo transformar a interação com a tecnologia, mas também levantando questões éticas.
Como o Brasil está lidando com a regulação da IA?
O Brasil aprovou um marco legal para a IA que exige transparência no uso de conteúdo protegido e direitos para os indivíduos, buscando um equilíbrio entre inovação e proteção.
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