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ANPD Proíbe Coleta de Íris da World ID em Troca de Dinheiro

ANPD Proíbe Coleta de Íris da World ID em Troca de Dinheiro

ANPD Proíbe Coleta de Íris da World ID em Troca de Dinheiro

A ANPD proibiu a coleta de íris pela Tools for Humanity devido a preocupações sobre consentimento e a influência de pagamentos na decisão dos indivíduos, especialmente os vulneráveis. A decisão também exigiu que a TFH nomeasse um encarregado pelo tratamento de dados e levantou questões sobre a exclusão de dados biométricos, em meio a um cenário onde mais de 400 mil brasileiros já haviam cedido suas íris, gerando debates sobre privacidade e ética na coleta de dados.

A coleta de íris pela Tools for Humanity (TFH) no Brasil foi proibida pela ANPD, que enfatiza a necessidade do consentimento livre e espontâneo para o tratamento de dados sensíveis.

Medidas da ANPD contra a Tools for Humanity

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) tomou medidas rigorosas contra a Tools for Humanity (TFH), a empresa responsável pela coleta de íris através do sistema World ID. A decisão de proibir a coleta de íris em troca de dinheiro foi fundamentada na necessidade de garantir que o consentimento para o tratamento de dados sensíveis seja sempre livre e espontâneo.

A ANPD destacou que a prática de pagar por dados biométricos, como a íris, pode influenciar a vontade dos indivíduos, especialmente aqueles em situações de vulnerabilidade. O pagamento de R$ 600, que poderia ser parcelado, foi considerado uma interferência na manifestação de vontade dos usuários.

Além da proibição do pagamento, a ANPD exigiu que a TFH indique em seu site um encarregado pelo tratamento de dados pessoais. Essa exigência está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que determina que empresas que lidam com dados pessoais devem ter um profissional responsável pela comunicação entre a empresa, os titulares dos dados e a ANPD.

Outro ponto crítico levantado pela ANPD foi a falta de opções para os usuários excluírem seus dados biométricos e revogarem o consentimento. A Autoridade considerou essa questão grave, uma vez que a impossibilidade de exclusão dos dados pode levar a abusos e à violação dos direitos dos titulares.

Essas medidas visam proteger a privacidade dos cidadãos e assegurar que a coleta de dados sensíveis seja realizada de maneira ética e responsável. A ANPD continuará monitorando as atividades da TFH para garantir que a empresa cumpra as normas estabelecidas pela LGPD.

A polêmica da coleta de íris no Brasil

A coleta de íris pela Tools for Humanity (TFH) gerou uma polêmica significativa no Brasil, especialmente após a divulgação de que mais de 400 mil brasileiros já haviam cedido suas gravações de íris.

A proposta da TFH, que envolve a venda da imagem da íris em troca de uma criptomoeda, levantou questões sobre a ética e a segurança no tratamento de dados biométricos.

O objetivo da TFH ao criar o World ID é desenvolver um banco de dados que comprove a identidade humana, permitindo que, por exemplo, candidatos a empregos online possam verificar sua identidade através da íris, evitando fraudes como deep fakes. Contudo, essa prática suscita preocupações sobre a privacidade e o uso de dados sensíveis.

Com a repercussão negativa, a ANPD interveio, afirmando que a TFH opera sob fiscalização especial desde novembro, o que implica em regras mais rigorosas para a coleta de dados. O fato de funcionários da TFH aceitarem as condições de uso em nome dos usuários durante a coleta de íris foi um dos pontos que mais chamaram a atenção e que contribuíram para a decisão da ANPD.

A TFH, que tem entre seus fundadores Sam Altman, da OpenAI, enfrenta um desafio significativo para garantir a confiança dos usuários e a conformidade com as regulamentações de proteção de dados. A situação levanta um debate maior sobre a ética na coleta de dados biométricos e a necessidade de regulamentações claras para proteger os direitos dos cidadãos.

Com a ANPD monitorando de perto as atividades da TFH, o futuro da coleta de íris no Brasil permanece incerto, e a discussão sobre a privacidade e o consentimento no uso de dados sensíveis continua a ser um tema relevante entre especialistas e o público em geral.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre a Coleta de Íris e a ANPD

O que é a coleta de íris pela Tools for Humanity?

A coleta de íris pela Tools for Humanity é um processo em que as pessoas podem fornecer suas gravações de íris em troca de uma criptomoeda, visando criar um banco de dados para comprovar a identidade humana.

Por que a ANPD proibiu a coleta de íris?

A ANPD proibiu a coleta de íris porque o pagamento pela coleta pode interferir na manifestação de vontade dos indivíduos, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade.

Quais medidas a ANPD tomou contra a Tools for Humanity?

Além de proibir o pagamento pela coleta de íris, a ANPD exigiu que a TFH indique um encarregado pelo tratamento de dados pessoais em seu site.

O que a LGPD diz sobre o consentimento para dados sensíveis?

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige que o consentimento para o tratamento de dados sensíveis, como a íris, seja livre e espontâneo.

Como a coleta de íris pode afetar a privacidade dos usuários?

A coleta de íris pode afetar a privacidade dos usuários se não houver garantias adequadas sobre a exclusão dos dados e o uso responsável das informações coletadas.

O que acontece com os dados biométricos coletados pela TFH?

A ANPD levantou preocupações sobre a falta de opções para os usuários excluírem seus dados biométricos e revogarem o consentimento, o que pode levar a abusos.

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